Em tempos de pandemia a sociedade recorre a medidas extremas e muitas vezes, sob o domínio do medo, adota comportamentos egoístas. A exemplo disso, assim que declarada pandemia a transmissão pelo novo coronavírus, milhares de pessoas correram para as lojas e supermercados afim de estocar alimentos, comprar máscaras de proteção e álcool em gel. Mas, se por um lado alguns contribuem para gerar o caos nos setores essenciais, por outro, movimentos de solidariedade ajudam a produzir uma onda de boas ações que se espalha e ganha adesão por onde passa.
Imbuídas desse espírito solidário, professoras e estudantes da Escola de Design da UEMG deram início ao projeto de Extensão “Trama pela Vida”. A intenção é unir forças para confeccionar máscaras de proteção para a população de baixa renda e pessoas em situação de rua. Segundo a professora Heloisa Santos, está sendo criada uma rede de colaboradores, com integrantes de diversos cursos da Universidade, além da colaboração de confecções, entidades públicas e privadas. “Iremos produzir máscaras em tecido 100% algodão para serem distribuídas às pessoas em situação de rua, ou em situação de vulnerabilidade social” explicou Heloísa.
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Confira o vídeo da professora Heloísa falando sobre o projeto:
A expectativa é produzir em torno de 500 mil máscaras para ajudar na prevenção da transmissão por covid-19. Segundo a doutoranda Andreia Salvan Pagnan, uma das mobilizadoras, 60 pessoas estão engajadas nessa etapa inicial. “O projeto possui relevância por permitir que a população se proteja contra o coronavírus contribuindo para que não aumente o número de casos de pessoas contaminadas. Além disso, possui importância por fazer a integração universidade e comunidade, de forma que estes participem de forma colaborativa gerando benefícios à população de forma geral” destacou Andreia.
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A ação vai ao encontro da medida anunciada nesta semana pela prefeitura de Belo Horizonte, onde informa que será obrigatório o uso de máscaras para circular pelas ruas da capital. Andreia destaca que o projeto vai beneficiar muita gente que não têm condições de adquirir o item de proteção. “Conseguimos mobilizar uma equipe de costureiras que, em suas casas doam seu conhecimento e seu tempo na produção das máscaras com tecidos doados pela população e por tecelagens. Essa rede colaborativa entre designers, empresários, professores e funcionários das unidades da UEMG é o que mostra o quanto juntos somos mais fortes” expressou.
O Pró-Reitor de Extensão da UEMG, professor Moacyr Laterza Filho, destacou a relevância do projeto diante da atual conjuntura sanitária mundial. “Sua característica social, a articulação de trabalho voluntário e a contribuição generosa de todos os envolvidos revelam a sua face genuinamente extensionista: mostram não apenas a ação da Universidade na sociedade, mas a demanda social que chega à Universidade e que, ali, se transforma em ação” destacou Laterza.
A comunidade acadêmica do curso de Design de Moda da unidade de Passos também se juntou a rede. Para contribuir, seja fazendo doação de tecido ou colaborando de outras formas, basta entrar em contato com a equipe pelo site, ou pelas redes sociais.
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