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    Uemg debate escassez de recursos financeiros em Audiência Pública

    A gestão da Universidade do Estado de Minas Gerais esteve presente no Auditório José de Alencar, na Assembleia Legislativa, na tarde desta quinta-feira (6), para participar da Audiência Pública proposta pela Comissão de Educação, Ciência e Tecnologia. O objetivo da Audiência foi debater os problemas enfrentados pela Uemg, tendo em vista a escassez de recursos financeiros, o déficit do quadro docente, as dificuldades dos estudantes para a conclusão dos cursos e a estrutura imprópria para uso pelas unidades, dentre outros aspectos.
     
    A Reitora da Universidade, Lavínia Rodrigues, abriu a sua fala cumprimentando representantes das diversas Unidades Acadêmicas, como Ubá, Leopoldina, Frutal, Cláudio, além de professores e alunos das Unidades do Campus de Belo Horizonte. “Esta representatividade e participação é fundamental”, pontuou a reitora, em referência às 20 Unidades Acadêmicas da Universidade, presente em 16 cidades do estado, totalizando quase 22 mil alunos (77% oriundos de escola pública), 1647 professores e 708 técnicos-administrativos, além de 115 cursos.

    “Estamos em um momento de expansão dos cursos de pós-graduação Stricto sensu, de mestrado e doutorado, mas não podemos deixar de trazer a questão do orçamento da Universidade do Estado de Minas Gerais. Não quero fazer o discurso da miséria, mas nessa tarde tem que se discutir como a universidade consegue tirar o máximo do mínimo. Se formos analisar, a média de investimento anual por aluno no Brasil é de R$ 37 mil, da Universidade Estadual da Bahia, R$ 52 mil, Unesp, R$ 50 mil, UFMG, R$ 51 mil, já a Universidade do Estado de Minas Gerais investe R$ 8 mil por aluno”, esclareceu Lavínia.
     
    O Vice-reitor, Thiago Torres complementou a frase da Reitora, pontuando que a quantidade de professores designados (1100 contra 600 efetivos) é um grande problema para a Universidade, podendo até travar as ações da instituição. “Não podemos deixar de falar dos concursos docentes e dos concursos para técnico-administrativos. Atualmente, temos 34 editais de concursos para professores publicados. Finalizados, aguardaremos ansiosamente a nomeação e, na sequência, o concurso para os técnicos-administrativos, que já foi aprovado”, enfatizou o professor. O abandono das construções e dos equipamentos da extinta Unesco-Hidroex, na Uemg Unidade Frutal, foi outro problema levantado pelo Vice-reitor. 
     
    O Pró-reitor de Planejamento, Gestão e Finanças, Fernando Sette Júnior, relembrou o motivo da audiência, que foi a demissão de servidores contratados via Processo Seletivo Simplificado, o que levou a uma interrupção temporária nos serviços das Unidades Acadêmicas de Ubá, Ibirité, Campanha e Leopoldina. Destacando que o diálogo com o governo é contínuo, o Pró-reitor comenta que foi preciso o drama dos cortes para que o Estado visse, na prática, aquilo que a gestão da Uemg alertava nos ofícios de renovação dos contratos daqueles servidores. “Não há como cortar mais nada. Se o governo quer que corte, ele que arque com as consequências dos cortes e não as Universidades”, pontuou Fernando.

     

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