Nesta quarta-feira (30), o projeto Plantando Sorrisos do Grupo de Ecologia Vegetal Aplicada – GEVA – levou os alunos da APAE - Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais para participarem do plantio de mudas de Ipê Roxo, Ipê Rosa, Ipê Branco, Jasmim-manga e Pau-ferro ao longo do trecho da Avenida Escócia em frente à UEMG Frutal e mudas de Resedá Branco nas rotatórias de acesso à universidade.
A iniciativa foi criada em 2014 pelo GEVA e encontra-se em sua sétima edição, agora na cidade de Frutal. Cada edição possui uma temática e grupos-alvo específicos. Na atual proposta, visa chamar atenção para os problemas de arborização urbana no município de Frutal e a inclusão de grupos específicos da sociedade neste tema. Segundo o líder do projeto, professor Marcos Siqueira, em conversa com a secretária de Meio-ambiente, Giselly Machado, foi acordado convidar a APAE para a ação, devido à associação ser “uma instituição de bastante respeito e com um papel social muito importante na cidade”.
A professora do Mestrado em Ciências Ambientais e vice-presidente da APAE, professora Cristina Veloso, explica o papel da associação na vida dos alunos e do próprio filho: “O meu filho escolheu estudar na APAE. O meu filho é feliz na APAE, porque ele se sente incluído. Inclusão, na verdade, não é só você estar com os outros, é você estar feliz. Então a APAE incluiu, recebeu e inseriu meu filho num contexto que ele não se sentia inserido”. Cristina ainda avalia o trabalho do grupo de pesquisas: “Este trabalho aqui é fundamental, porque mostra para sociedade o potencial dos nossos filhos. Quando nós pensamos em APAE, nós não temos que pensar em dificuldade, nós temos que pensar em potencialidades, trabalhar potencialidades. Eles têm potencial, é só acreditar!”
O grupo propõe ainda para o ano de 2022 distintas atividades sobre arborização e apresentações de palestras sobre a importância dos espaços verdes e da restauração florestal em áreas urbanas para as comunidades das instituições convidadas. Devido à escassez de composição arbórea necessária para a qualidade de vida em muitos bairros da cidade, o projeto Plantando Sorrisos ainda planeja realizar outras ações com diferentes instituições para além do impacto ambiental pensar a inclusão de outros grupos específicos da cidade.
O diretor da UEMG Frutal, professor Leandro de Souza Pinheiro, enxerga tanto o potencial social do projeto, com a participação dos alunos da APAE no plantio, quanto na contribuição para a questão do microclima da cidade de Frutal: “Uma das coisas que fazem o calor ser mais forte em Frutal é a baixa quantidade de árvores e exatamente nos arredores da UEMG temos pouquíssimas", avalia. Ele explica que uma superfície de asfalto que sofre a ação direta dos raios solares, fica aquecida. Quando existe o anteparo proporcionado por uma árvore, é menor a área de superfície aquecida, auxiliando diretamente na diminuição do microclima. "Desse modo, quanto mais nós tivermos plantio – e, mais importante que o plantio, é o desenvolvimento da árvore – de fato, a gente vai colaborar para o microclima e para o clima da cidade”, analisa.
O encontro foi proporcionado pela colaboração entre Universidade do Estado de Minas Gerais – Unidade Frutal e Secretaria de Meio Ambiente de Frutal, com o apoio da Usina Cerradão, Viveiro Garden Sierra, Copasa, e o Programa de Mestrado em Ciências Ambientais da UEMG.
A oitava edição está sendo planejada para ser realizada até o final do ano. Os plantios acontecerão em diferentes momentos e regiões da cidade, atendendo não só aos protocolos de segurança impostos pela pandemia, mas também das necessidades intelectuais e logísticas de cada um dos grupos. O Plantando Sorrisos continua com a missão de incentivar a conscientização e preservação ambiental junto a grupos especiais da sociedade. Marcos explica que o objetivo do projeto “não envolve só o plantio de mudas, envolve a inclusão social”.
Assessoria de Comunicação da Unidade Frutal