A população de Barbacena se uniu novamente em torno de um valioso propósito na manhã de sábado (28), a criação da primeira reserva ambiental da cidade, na região da Sericícola. Dezenas de moradores participaram da ação conjunta do grupo Ponto de Partida, da Universidade do Estado de Minas Gerais (UEMG) e do Instituto Estadual de Floresta (IEF).
A área de Proteção Permanente tem aproximadamente 22 hectares, o que equivale a 13 campos de futebol. Foram plantadas quatro mil mudas de mais de 50 espécies nativas. Ricardo Ayres Loschi, supervisor regional do IEF destacou que foi feito o mapeamento da área, além de cercar para evitar acesso de animais. “Estamos isolando os efeitos negativos, como entrada de gado e outros impactos” explicou.
Para a diretora da unidade da UEMG em Barbacena, professora Rita de Cássia Oliveira, a ação promovida no último sábado vai ao encontro dos propósitos da instituição. “É uma ação educativa, que coincide com a natureza da universidade pública brasileira”, reforçou ao destacar que serão desenvolvidos na área outros projetos de extensão para reforçar o objetivo de preservação da APP.
A pró-Reitora de Ensino da UEMG, professora Michelle Gonçalves Rodrigues também esteve presente na ação. Michelle, que também fez questão de plantar sua muda, lembrou que é importante para a instituição atuar junto à sociedade nesse trabalho de recuperação e preservação ambiental. “Essa é uma área muito importante para a UEMG, e pela sua localização privilegiada, por estar bem próximo a região central da cidade, sua preservação e reflorestamento vai proporcionar melhor qualidade de vida às pessoas”, reforçou Michelle.
Renato Neves, integrante do grupo Ponto de Partida de Barbacena fez uma avaliação muito positiva da ação. “Vemos aqui não apenas as pessoas vizinhas aqui do espaço, mas pessoas de outros bairros. Eu acho que a cidade abraçou essa causa”,
O local, que foi concedido pela UEMG, contém duas nascentes e riachos e na mata há, pelo menos, 100 espécies diferentes da flora resguardando pássaros em risco de extinção. Após o pedido de tornar o local uma APP foi protocolado junto ao Ministério Público e oficializado em setembro, a área é protegida por lei e qualquer depredação pode ser denunciada e penalizada.
Confira alguns cliques da ação registrados pela diretora Rita e pelo fotógrafo Maurício Andere