Aluno aponta a iniciação cientifica como ponto de partida para o gosto pela pesquisa e preparo para o trabalho de conclusão de curso.
O ex-aluno do curso de Jornalismo da UEMG - Unidade Frutal, Augusto Martins de Jesus, foi aprovado no dia 06 de março no mestrado em Jornalismo da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG).
Augusto participou de dois grupos de pesquisa em comunicação da UEMG Frutal, o Labdim (Laboratório de Discursividades Midiáticas) e o E-publicc (Grupo de Pesquisa em Publicização, Comunicação e Cultura). Foi bolsista Papq no projeto Cartografias da Pedagogização da Arte, coordenado pelo prof. Dr. Fernando Zanetti e bolsista Fapemig, orientado pela profa. Dra. Karol Natasha Castanheira, por meio do projeto Comunicação política: um estudo comparado do enquadramento do projeto de lei Escola Sem Partido pela mídia tradicional em oposição à construção discursiva dos memes. O bacharel em Jornalismo atribui às experiências de iniciação científica durante os primeiros anos da graduação o surgimento do gosto pela pesquisa. “São grupos que, no geral, desenvolve em seus integrantes uma visão crítica, um aprofundamento de temas de interesses, me preparou para o trabalho de conclusão de curso e outras pesquisas e nos ajuda a desenvolver algumas habilidades exigidas pelo mercado”, relata o aluno.
A coordenadora do curso de Jornalismo destaca o empenho do aluno pela sua participação ativa nos projetos da universidade. “O Augusto é o aluno que faz, que assume a responsabilidade do seu aprendizado, é o que eu chamo do aluno ativo, da ação”. Karol foi presente na formação do estudante orientando projetos de pesquisa e o Trabalho de Conclusão de Curso de Augusto, nomeado Haddad e Bolsonaro: uma análise arqueológica do discurso no segundo turno das eleições no Twitter. “... destaco o papel decisivo que a minha orientadora teve nesse percurso, a Professora Dra. Karol Natasha Castanheira, que me acompanhou desde a primeira iniciação até o trabalho de conclusão de curso. A Karol cumpriu um grande papel de mediadora, desenvolvendo em mim a aptidão para compor novos ensaios e perspectivas de estudos em comunicação”, conta o estudante.
A escolha do mestrado em Jornalismo da UEPG se deu por dois motivos, segundo Augusto: o foco exclusivo na área do jornalismo e porque não há aprofundamento e reflexão sobre a prática jornalística, como acontece no campo da comunicação. Ainda segundo o estudante, o jornalismo enquanto ciência possui um papel revolucionário, que “apesar de condicionada historicamente a uma lógica de mercado, é indispensável ao aprofundamento da relação entre indivíduo e o gênero humano nas condições atuais e da sociedade futura”.
Com duas graduações foi no curso de Jornalismo e, em especial na UEMG de Frutal que encontrou a oportunidade de amadurecer academicamente. “... foi num período de 4 anos em que experimentei como a universidade deve intervir e, propor dentro de um contexto com ações voltadas para a indagação e para o debate. E isso, mesmo com a precarização da pesquisa e com sucateamento da universidade pública no país, a nossa unidade resiste, faz com excelência", aponta Augusto.