Estudantes e Professores de Direito da Universidade do Estado de Minas Gerais – UEMG, Unidade Frutal, tiveram seus trabalhos aprovados no Conselho Nacional de Pesquisa e Pós-graduação em Direito – CONPEDI, na última quarta-feira (11). Dentre os contemplados, estão os discentes João Pedro Tadei, Gleyciellen Borges, Cauê Teixeira, Maria Eduarda Mendonça, João Otávio Peres e Társis Rodrigues, juntamente dos Docentes Rafael Moreira, Rúbia Spirandelli, Sinara Lacerda, Cristina Veloso, Vinicius Ormelesi, Fábio Benfatti e Renata Aparecida Follone.
O CONPEDI é uma entidade que reúne pesquisadores, docentes e programas de pós-graduação stricto sensu na área jurídica em todo o país. Com papel fundamental no desenvolvimento da ciência do Direito no Brasil, o CONPEDI atua na promoção da pesquisa acadêmica, na organização de eventos científicos e na publicação de trabalhos relevantes para o meio jurídico.
Alguns dos estudantes contaram sobre como se sentem com a aprovação dos trabalhos:
“O meu artigo relaciona a teoria de Foucault com as relações de consumo como base da obsolescência programada. O objetivo é entender as formas de controle que vivenciamos na sociedade e como várias empresas utilizam desse meio. É uma sensação indescritível, tudo isso que estou vivenciando pela primeira vez e é uma oportunidade gigantesca dentro da Universidade. Eu nunca tive feito pesquisa e, começando agora, acredito que seja um campo que estou gostando muito e fazer parte do maior evento nacional de pesquisa em direito é surreal. Agradeço especialmente a minha orientadora, a professora Sinara Lacerda, que sempre me motivou e ajudou durante a pesquisa”, afirmou João Pedro.
“Quando entrei na faculdade, eu tive como propósito conseguir fazer com que o direito digital ganhe uma visibilidade maior. As pessoas falam que internet não é terra sem lei, mas em alguns aspectos é. Então meu tema é sobre se a liberdade de expressão pode coexistir com o respeito no ambiente digital. Sabemos que existe o cyberbullying, as ondas de cancelamentos, e tudo isso afeta diversas pessoas. A minha luta é para que as pessoas que cometem esses atos criminosos sejam responsabilizadas. O CONPEDI é um sonho realizado, pois sempre gostei muito de pesquisar e fazer parte disso sendo mãe me permite deixar um legado para o Luan, para que ele se inspire sabendo o que a mãe dele fez”, exaltou Gleyciellen.
“O CONPEDI é lugar onde muitas portas são abertas e existe uma comunicação muito importante entre a comunidade acadêmica. Participei da edição do ano passado, em Brasília, e com certeza é um evento que catapulta o currículo e carreira de cada profissional, além da própria universidade. Assim como estava ano passado, continuo pesquisando sobre os impactos das inteligências artificiais dentro do direito e possíveis propostas de regulação. Esse ano, meu trabalho é em razão de uma resolução do Conselho Nacional de Justiça, que definiu diretrizes de uso da inteligência artificial pelo judiciário, ou seja, o que magistrados, juízes e desembargadores podem ou não fazer com a inteligência artificial”, contou Cauê.
“Meu trabalho é sobre a responsabilidade civil do empregador em acidente de trabalho, que acontece bastante e, quando ocorre, o empregador precisa arcar e dar suporte ao trabalhador, o que não acontece por muitas vezes. Participar do CONPEDI é muito importante para nós estudantes, principalmente em uma universidade pública que foca muito na pesquisa. É ótimo para o nosso currículo e para a imagem que a faculdade passa para a sociedade”, destacou Maria Eduarda.
“A minha pesquisa é basicamente sobre a regulamentação do mercado de apostas no Brasil, no caso, a aposta de quota fixa, mais conhecida como Bet’s. Meu tema é sobre a regulamentação dessas apostas e os avanços e desafios para a proteção consumerista, no caso, os direitos do apostador sobre as possíveis lesões que ele pode sofrer. É uma oportunidade maravilhosa e um desafio muito grande de produzir um artigo, mas me sinto muito honrado em representar a universidade e agradeço as orientadoras, professoras Rúbia e Cristina, pela parceria”, pontuou João Otávio.
Além disso, alguns Docentes responsáveis pelos trabalhos contam sobre a importância do evento para os alunos:
“O CONPEDI é o evento de direito mais importante que temos no Brasil e até mesmo internacional. Esse congresso nacional e o encontro virtual do CONPEDI são algumas etapas de eventos que o próprio Conselho organiza anualmente e, nessa edição, tivemos 100% de aprovação dos alunos e professores da UEMG/Frutal. Falando como chefe do departamento de ciências jurídicas, isso é muito importante para nosso curso e fortalecimento da pesquisa. Mostra que estamos caminhando em direção a uma excelência cada vez maior do nosso ensino. Estou muito feliz e vamos torcer para que consigamos dar ainda mais aprovações nos próximos congressos”, ressaltou Vinicius Ormelesi.
“Fico muito feliz de ver esses jovens trilhando os nossos caminhos, porque com a aprovação no CONPEDI, eles mostraram para o que realmente vieram. E, nesse momento em que algumas pessoas tentam desprestigiar a nossa universidade, é de muito orgulho ver esses alunos vencendo, pois mostra que o trabalho está sendo bem feito e que essa garotada está no caminho certo. Então é só motivo de comemoração e parabenizar toda a instituição, porque o conjunto faz a obra”, reafirmou Cristina Veloso.
“Esse congresso é o mais importante que temos dentro do direito. Então, a participação dos alunos é fundamental, tanto para a instituição, como para o desenvolvimento da pesquisa dentro do nosso curso. Todos os nossos alunos que enviaram artigo e pôster foram aprovados, isso demonstra o empenho dos alunos com o estudo e a pesquisa. Importante destacar que esse é apenas o primeiro dos três congressos que temos no ano. Para o final do ano, tem um em São Paulo e nós também vamos com os nossos alunos”, reforçou Rúbia Spirandelli.
A Universidade do Estado de Minas Gerais, Unidade Acadêmica de Frutal, parabeniza todos os discentes e docentes pela conquista e reforça seu compromisso com o incentivo à pesquisa e conhecimento constante.