Os candidatos ao Vestibular 2024 da UEMG foram recebidos no Campus Frutal dentro das expectativas da empresa organizadora, não sendo registrados incidentes. Após o encerramento do processo, em que a Universidade do Estado de Minas Gerais (UEMG) recebeu 902 dos mais de mil inscritos, foram verificados 148 ausências. Quanto aos candidatos, foi possível notar muitos vestibulandos das cidades da região circunvizinha e até mais distantes, como Uberaba.
Para o diretor da Unidade Acadêmica de Frutal, professor Leandro de Souza Pinheiro, todo o processo obedeceu aos critérios estabelecidos. “Nós executamos tudo sem nenhuma intercorrência e foi de acordo com o planejado. Atuamos bem na fiscalização das provas, mantivemos todo o certame em ordem, com detectores de metais nos banheiros e tudo mais. A partir de agora começa a divulgação do gabarito nesta segunda-feira, para depois recebermos a correção da redação e a classificação com os candidatos mais bem colocados.”
A vice-diretora da Unidade Frutal, professora Carol Natasha Lorenzo Castanheira, apontou que a UEMG está cumprindo seu papel social e acadêmico, gerando profissionais que vão atender às demandas por todo o país. “É muito bom quando você vê essa grande movimentação na cidade, é emocionante encontrar tantos candidatos e suas famílias, pois assim percebemos a importância da UEMG em nossa cidade. É uma responsabilidade a formação destes profissionais, pois é a nossa cidade formando as pessoas e contribuindo para o desenvolvimento regional.”
O vestibulando Fernando Rodrigues da Costa, de 23 anos, por sua vez, que é natural de Frutal e prestou vestibular para Administração, já se imagina abrindo a própria empresa e futuras vagas de emprego. “Senti mais dificuldade esse ano, mas caiu muita coisa que eu já sabia e por isso fiquei mais tranquilo. Escolhi a UEMG porque é uma universidade que está mais acessível e é uma faculdade pública, que tem um conceito maior. Mas é preciso valorizar e se dedicar. O vestibular é uma etapa e o curso é outra, depois vem uma coisa mais técnica. Temos que saber respeitar o processo", disse.
Já a assistente judicial Jhennifer Andrade Mendes Silva, de 23 anos, que veio de Planura, disse que a prova estava bem difícil, mas quem se preparou e acredita que conseguirá passar. Para ela, a credibilidade da UEMG em toda a Minas Gerais e São Paulo é enorme, pois a universidade fornece uma boa base. “Eu quero me especializar em Processo Penal e seguir, de repente, como promotora ou juíza. Quem sabe o que pode sair daqui? Para quem tem vontade, o céu é o limite", contou.
A dona de casa Célia Maria Ferreira, de Frutal, tem 50 anos e prestou vestibular para Direito, com a meta de realizar um sonho de criança, que só agora pôde seguir. “Estou batalhando, pois a pessoa envelhece, mas a mente não. Nunca é tarde e nada é impossível, quem sabe agora dará tudo certo? O estudo não envelhece, basta querer e buscar que dê tudo certo", disse. "Tem muita gente de fora prestando vestibular em Frutal. Ainda pretendo seguir a carreira e continuar sonhando. A gente precisa sonhar. Quem não sonha não realiza e tudo é possível, basta crer em Deus e em você", completou.
Tulio Rodrigues de Oliveira, que é natural de Araxá e reside em Frutal, tem 52 anos e possui deficiência física. Ele foi prestar o vestibular para Administração e, ao mesmo tempo, acompanhar a filha. “A prova foi interessante e a redação teve um tema bem atual. A minha filha está em período de faculdade, me pediu para acompanhá-la e eu vim, porque o conhecimento não ocupa espaço. A deficiência é apenas uma limitação, ela não pode te excluir de nada", afirmou.
Tulio de Oliveira (à esquerda) e Tyler Milligan (à direita) buscam vagas nos cursos de de Administração e Design Gráfico, repectivamente (divulgação/UEMG)
O jovem Tyler Milligan, de 17 anos, veio de Uberaba para prestar o vestibular da UEMG para Designer Gráfico pela primeira vez, disse que esta etapa é uma das que vai fazer para se formar e ‘ganhar o mundo.’ “Foi uma prova balanceada, as questões não tão complexas e difíceis. Se você sabe o conteúdo, você consegue fazer. Como eu faço arte digital, artesanato e música, tenho muitos planos. Quero levar isso pro resto do mundo. Não quero me limitar ao Brasil, eu quero levar isso para o mundo e mostrar o meu trabalho lá fora, mostrar meu talento e incentivar as pessoas a fazer o mesmo.”
Já Mariza Aparecida Soares, de 55 anos, de Frutal, resolveu prestar o vestibular depois de frequentar o Eja-Educação de Jovens e Adultos. “A meta é realizar um sonho. Eu vim por amor a mim e porque meus filhos me incentivaram muito. Tenho planos de trabalhar bastante. Vamos tentar passar, pois a gente nunca pode perder a esperança. Pretendo advogar na área da Família. Nunca é tarde e cada dia é uma nova oportunidade, temos de continuar e jamais desistir.”