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    Estudantes da UEMG/Frutal visitam presídio de Frutal acompanhados do Professor

    Na manhã desta segunda-feira (04), o Professor do Curso de Direito da UEMG/Frutal, Fausy Salomão, levou os discentes para conhecerem as instalações do Presídio local. Os estudantes foram recepcionados os pelo Policial Penal Rodrigo, que apresentou todo o complexo, desde a recepção, os pavilhões onde os Indivíduos Privados de Liberdade-IPL ficam e também a parte de atendimento à saúde e a assistência social. Foi possível também conhecerem a cela de visita íntima e a parte administrativa do complexo.

    Durante a visita, Rodrigo explicou o funcionamento e o dia-a-dia dos Policiais Penais e também dos IPLs. Foi possível perceber que os alunos e alunas ficaram muito impressionados com a superlotação e a forma com que os presos ficam em cada cela. O Presídio de Frutal tem capacidade para 130 presos e está com superlotação chegando a 380 presos. Vale destacar que este não é um problema local e sim nacional. A informação repassada durante a visita é que já está em construção um novo Presídio que funcionará em breve e terá uma capacidade maior de vagas.

    A aluna Sabrina Machado, do oitavo período de Direito, destaca que a experiência foi reveladora. “Encaramos a realidade, vimos de perto que uma cela que cabe 15 pessoas, tem 31. Não tem tantas oportunidades de emprego, mas as que tem a pessoa trabalha e a cada três dias trabalhado, conseguem um dia de remissão de pena”, comenta.

    Sabrina falou ainda que essa visita foi importante para que os futuros doutrinadores do direito entendam a realidade e já comecem a pensar o que pode melhorar. “Podemos buscar ajuda, mostrar que através de medidas sociais, públicas, humanitárias, a gente talvez possa melhorar essa realidade e assim quando esses presos saírem de volta à sociedade, saiam melhores psicologicamente e com oportunidade de reinserir à sociedade”, salienta.

    Quando indagada sobre o que mais impressionou a estudante de Direito em toda a visita ao presídio ela afirmou que foi a superlotação. “Foi um choque, a gente sempre escutou falar, mas a hora que a gente chega e vê aquilo, 15 camas, porém 31 detentos, o calor, o abafamento, o cheiro de cigarro, um ambiente fechado, com ventilação, os ventiladores ficam ligados a todo momento e mesmo assim é muito abafado e assusta. A realidade da gente ver que a pessoa que ficou presa aqui um tempo e acaba cometendo um outro delito e voltando para essa realidade tão assustadora, porque é um lugar muito ruim. Como o professor Fausy falou, o simples vento no rosto é tão simples para a gente, mas para uma pessoa que está em cárcere é algo muito significativo”, comenta.

    Victória Marques, também aluna do oitavo período de Direito, avalia a visita como uma experiência muito válida. “Estou fazendo uma pesquisa sobre o encarceramento em massa e as consequências sociais e psicológicas que isso traz pra vida do indivíduo. Aqui a gente viu a realidade da superlotação e as situações precárias que muitos passam, uma cela cabe 15, põe 31, o que prejudica a socialização. Achei que tem poucas oportunidades de trabalho dentro do presídio, o que faz com que eles fiquem piores psicologicamente. Foi bom ter esse choque de realidade e ter uma empatia para lutar pelos direitos deles, que devem serem punidos pelos crimes, porém, acho que a gente tem que buscar ajuda do Estado e fazer um movimento sobre o Sistema Penitenciário como um todo, para que seja algo mais humanizado”, destaca.

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