A discente Adriana Duneya Díaz Carrillo apresentou a dissertação de Mestrado no Programa Ciências Ambientais da Universidade do Estado de Minas Gerais, Unidade Frutal, no dia 23 de agosto de 2023 e foi aprovada. Ela é venezuelana e por meio do programa da Organização dos Estados Americanos e do Grupo de Cooperação Internacional de Universidades Brasileiras-GCUB, foi possível ela vir da Venezuela para cursar os dois anos do Mestrado. O Professor Doutor Rodrigo Millan, Coordenador do Mestrado em Ciências Ambientais, foi o orientador de Adriana.
Adriana destaca que o grupo Coimbra tem editais internacionais para participar de programas no mundo todo e que ficou sabendo do Mestrado em Ciências Ambientais da UEMG/Frutal pela internet. “Selecionei três universidades diferentes do Brasil e uma dessas era a UEMG com o Mestrado de Ciências Ambientais. Li o edital e mandei os documentos com os olhos fechados porque não sabia o que poderia acontecer. Depois de três meses eles deram a resposta e eu fui selecionada. Organizei tudo, preenchi todos os requisitos que eles pediram e vim para Frutal”, conta.
A aluna venezuelana disse que chegou e não conhecia a cidade, nem a UEMG e não sabia português. “O começo foi mais difícil porque ainda estava na pandemia, então a UEMG não tinha estudantes nesse momento, eram só os professores e os servidores do administrativo, com isso a minha convivência foi muito mais com eles do que com estudantes. Foi complicado no começo, desde o idioma até outros desafios. Porém, o pessoal me acolheu muito e eu me senti muito apoiada com a convivência com todos”, destaca.
Sobre o Mestrado no Programa de Ciências Ambientais, Adriana salienta que o programa na área ambiental é excelente. “Tem duas linhas de pesquisa na área ambiental e a que eu gosto mais é Ecologia e Conservação. Tive uma boa preparação, bons professores, os laboratórios estão muito bem montados com equipamentos novos e de boa tecnologia. Fiquei bem contente porque aprendi a trabalhar com outras técnicas, com equipamentos de laboratórios muito mais avançados dos que eu já conhecia”, informa.
Referente aos professores do Mestrado, a aluna disse que todos têm muitas divulgações e trabalham com publicações em inglês. “Isso melhora tanto minha preparação como a deles e nesses dois anos de dedicação consegui realizar a apresentação e fui aprovada. Levo da UEMG de Frutal o conhecimento teórico e o prático por meio dos laboratórios. Aprendi muitas outras coisas também da cultura brasileira”, comenta.
O Professor Doutor Rodrigo Millan, Coordenador do Mestrado em Ciências Ambientais, foi o orientar de Adriana. “Ficamos muito felizes pelo fato da Adriana estar com a gente nesses últimos dois anos. Uma aluna que ingressou da Venezuela, foi selecionada no edital, iniciou as aulas no período pandêmico e assim que conseguiu veio para o Brasil e iniciou seus trabalhos presenciais. Ela escolheu a linha 1 do nosso mestrado, que é a de diagnóstico e ecologia ambiental, e fez um trabalho muito bonito para o município de Frutal e região”, salienta.
Millan comenta ainda que no início foi até engraçado porque os outros alunos que estavam com ela no laboratório tentavam falar espanhol. “Conversei com todos e expliquei que ela veio para o Brasil e que iria aprender também o nosso idioma, a nossa cultura. Ela encarou isso com muita responsabilidade, se dedicou muito aos estudos e o espanhol junto com o português não foi uma dificuldade para ela, pelo contrário, aprendeu um novo idioma e uma nova cultura”, diz.
O Coordenador do Mestrado em Ciências Ambientais explica que durante o Mestrado Adriana realizou várias coletas de campo, tanto no período seco quanto no chuvoso, em dois córregos da cidade. “Nós tivemos resultados importantes para o município onde foi possível indicar quais as culturas que a ação antrópica tem impactado. No que se refere aos córregos, precisamos de um cuidado um pouco maior dos proprietários e até do poder público municipal. Neste sentido ele fez a apresentação e a defesa dela, onde se saiu muito bem”, comemora.
A Assessora de Intercâmbio e Cooperação Interinstitucional da UEMG, Ligia Barros, comenta que em 2020 foi realizada parte de uma chamada do programa da GCUB, que é o Grupo de Cooperação das Universidades Brasileiras, que poderiam oferecer vagas para os seus mestrados e doutorados, desde que também ofertassem bolsas de estudos, para que os estudantes da América Latina e Caribe pudessem cursar integralmente esse período no Brasil. “A Reitoria ofereceu 4 vagas, 4 bolsas e vieram 4 estudantes estrangeiros. Um desses estudantes foi a Adriana que veio para a Unidade de Frutal para cursar Ciências Ambientais”, ressalta.
Ligia conta que Adriana chegou em 2021 e o programa previa 2 anos de bolsa. “De forma muito espetacular finalizou o seu Mestrado e o pessoal do Ciências Ambientais elogiaram muito o seu trabalho. É uma aluna muito qualificada e têm um diferencial porque ela já era professora e veio fazer o seu Mestrado”, destaca.