A UEMG foi criada em 1989, mediante determinação expressa no Art. 81 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias – ADCT da Constituição do Estado de Minas Gerais. Sua estrutura foi regulamentada pela Lei nº 11.539, de 22 de julho de 1994, estando vinculada à Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior – SECTES, à qual compete formular e implementar políticas públicas que assegurem o desenvolvimento científico e tecnológico, a inovação e o ensino superior.
Em especial o caso da nossa unidade, em Carangola, o processo de estadualização se iniciou em 1999, quando a antiga Fundação Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Carangola (FAFILE) passa a ser credenciada à UEMG, na qualidade de Campus Fundacional Agregado à Universidade do Estado de Minas Gerais. Em 2007, a antiga FAFILE é comprada pela Faculdade de Ciência, Cultura e Extensão do Rio Grande do Norte (FACEX) e se torna a também anterior, Faculdades do Vale de Carangola (FAVALE). Durante esse período de 1999 até a extinção da FAVALE, os cursos ainda eram privados e, por isso, pagos. Inacessíveis a boa parte da população.
Por meio da Lei nº 20.807, de 26 de julho de 2013, foi prevista a efetiva estadualização das fundações educacionais de ensino superior associadas à UEMG, de que trata o inciso I do § 2° do art. 129 do ADCT, a saber: Fundação Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Carangola (FAFILE); Fundação Educacional do Vale do Jequitinhonha, de Diamantina; Fundação de Ensino Superior de Passos; Fundação Educacional de Ituiutaba; Fundação Cultural Campanha da Princesa, de Campanha e Fundação Educacional de Divinópolis; bem como os cursos de ensino superior mantidos pela Fundação Helena Antipoff, de Ibirité, estruturada nos termos do art. 100 da Lei Delegada nº 180, de 20 de janeiro de 2011, cujos processos de estadualização foi encerrado em novembro de 2014. Assim, foi a partir de 2013 que podemos dizer que a UEMG-Carangola nasce gratuita e democrática, acessível a toda população.
Pela análise da história da UEMG desde sua criação, e de suas unidades, permite afirmar que a Universidade do Estado de Minas Gerais representa uma alternativa concreta aos modelos convencionais de instituição de ensino, e experiência rica de aproximação do Estado mineiro com suas regiões, por acolher e apoiar a população de Minas onde vivem e produzem. Por sua vocação, tem sido agente do setor público junto às comunidades, colaborando na solução de seus problemas, através do ensino, da pesquisa e da extensão e na formatação e implementação de seus projetos e políticas de desenvolvimento regional.
A UEMG, então, herda parte de uma tradição regional de suas instituições predecessoras, pois cursos como Ciências/Matemática, História, Letras e Pedagogia já haviam sido autorizados pelo Decreto nº 70.411, de 14 de abril de 1972 e formavam turmas com estudantes de toda a região. No entanto, é importante destacar que é a partir do processo de estadualização que se aumenta as opções de cursos, com a abertura de Geografia (em 2001), Sistemas de Informação (em 2002), Ciências Biológicas (em 2003), Administração (em 2007) e Serviço Social (em 2008).
A partir do segundo semestre de 2008, deu-se início ao trabalho com disciplinas na modalidade de Ensino a Distância (EaD). Essas disciplinas foram incorporadas, gradativamente, nos seus cursos reconhecidos na modalidade de ensino a distância. Além disso, a experiência anterior com a EaD foi fundamental à instituição durante o período de isolamento social, desencadeado pela Pandemia de COVID-19 que assolou o mundo a partir de 2020. A experiência de nossos profissionais se mostrou essencial para o gerenciamento das aulas, acolhimento dos estudantes e desempenho de suas funções.
A estadualização e, por isso, gratuidade da nossa instituição possibilita também a promoção de estratégias adotadas pela Instituição para sua expansão qualitativa, nas quais ressaltam-se: a implantação de parcerias com órgãos de fomento local, regional, estadual e federal, especialmente para a execução de estágios obrigatórios, e inclusive aqueles remunerados; a realização de atividades de ensino, pesquisa e extensão. Ainda ressalta-se a criação do Núcleo de Estágio – NUE; a criação do Núcleo de Assistência Estudantil – NAE; a criação do Diretório Acadêmico Estudantil; a curricularização da extensão obrigatória; a implantação dos programas de Monitoria e Estágio Remunerado; a implantação de outros programas de Pós-Graduação Lato Sensu; a criação de revistas de publicação acadêmica como a Sapiens e a Histórias Públicas; a criação de PPCs para implantação de novos cursos de graduação, e um a nível de Mestrado Profissional; laboratórios de ensino para cada um dos respectivos cursos; além das inúmeras pesquisas científicas desenvolvidas todos os anos que, por sua vez, também possibilitam a continuidade de estudos dos estudantes por meio de mestrado e especializações em outras instituições.
De 2014 até os dias atuais a Unidade Carangola formou aproximadamente 2.000 profissionais, contribuindo para a democratização do acesso ao ensino superior público e gratuito no Estado e para maior integração e desenvolvimento das regiões.
Parte deste texto foi produzido para a realização do Projeto Pedagógico do Curso de História e escrito pelos professores:
Prof. Dr. Glauber Miranda Florindo
Prof. Dr. Jonathan Mendes Gomes
Profª Drª Érika Oliveira Amorim Tannus Cheim
Prof. Dr. André da Silva Ramos
Prof. Dr. Mauro Franco Neto
PROFESSORES COLABORADORES
Profª Dra. Ana Paula Silva Santana (curso de História)
Prof. Dr. Bruno de Almeida Gambert (curso de História)
Prof. Dra. Helena Azevedo Paulo de Almeida (curso de História)
Prof. Dr. Josué Borges de Araújo Godinho (curso de Letras)
Profª Drª Magda Dezotti (curso de Pedagogia)
Flavia Martins Alves Godinho (Bibliotecária da Unidade Carangola)