Propagar temas relacionados à conservação de ambientes naturais e orientar comunidades rurais para o manejo consciente dos solos e da produção agrícola local são algumas das tarefas de uma equipe formada pela UEMG em Ubá para integrar o projeto Conexão Mata Atlântica. Em Minas Gerais, participam a UEMG, Unidade Ubá, com um projeto aprovado pela Pró-reitoria de Extensão e o Instituto Estadual de Florestas(IEF), desenvolvendo o componente 2 do projeto (aumento dos estoques de Carbono nas Bacias Hidrográficas do Rio Paraíba do Sul).
Neste segundo semestre, os integrantes do Projeto Conexão Mata Atlântica /UEMG-Ubá vão promover dias de campo em comunidades rurais, dialogando sobre Sistemas Agroflorestais; Coleta e Análise de Solo; Qualidade da Água; Tratamento de Efluentes Domésticos e Proteção de Nascentes.
O primeiro dia de campo aconteceu no dia 22 de julho, na comunidade do Emboque, zona rural de Ubá e teve como tema "Coleta e análise de solos". O evento teve a parceria do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Ubá.
"O projeto conta com uma equipe multidisciplinar formada por professores e estudantes de 3 cursos de graduação da UEMG Ubá. A ideia é proporcionar a aproximação da universidade do seu entorno, estimulando os produtores da região a realizarem práticas mais sustentáveis", explica a professora Taís Alves, professora integrante da equipe multidisciplinar, que é ainda formada pelos outros professores orientadores Michelle Sales, Kenedy Freitas, Rodrigo Bicalho, com o apoio do designer Leonardo Teixeira. Os estudantes bolsistas da UEMG Ubá integrantes do projeto são do curso de Design (Laura de Oliveira Lauria e Emmanuelly Soares Zopellaro); da Licenciatura em Ciências Biológicas (Lindamara Soares de Oliveira Pujoni e Sérgio Túlio de Assis Vieira) e da Licenciatura em Química (Rafael Cassimiro Domingos de Lana, João Paulo Natalino de Oliveira Silva e Amauri Júnior Moreira Machado).
Essa atuação é uma das várias pontas de um grande projeto, promovido pelo Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI), financiado pelo Fundo Global pelo Meio Ambiente (GEF) e implementado pelo Banco Interamericano para o desenvolvimento (BID), que envolve três estados do sudeste brasileiro.
Além de Minas Gerais, São Paulo e Rio de Janeiro atuam no Corredor Sudeste da Bacia Hidrográfica do Rio Paraíba do Sul, com objetivo de promover um manejo florestal sustentável, a fim de produzir múltiplos benefícios, especialmente de captura e manutenção de estoques de carbono relacionados ao uso da terra e à mudança do uso da terra, favorecendo/incentivando a silvicultura e o incremento da biodiversidade.
Para atender a essas demandas, são promovidas ações de capacitação e disseminação de informações, técnicas, ferramentas e estratégias entre as comunidades locais, recompensando os esforços dos produtores que manejam os solos utilizando práticas de conservação de florestas nativas, restauração ecológica e conversão produtiva a partir da adoção de sistemas agroflorestais e silvipastoris.
Segundo dados do Projeto, juntos, os três estados já reconheceram e recompensaram 448 produtores rurais prestadores de serviços ambientais, por desenvolverem ações que garantiram a conservação de 5,5 mil hectares de Mata Atlântica.
Em Minas Gerais, além da UEMG, atuam no projeto a Secretaria Estadual de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (SEMAD); o Instituto Estadual de Florestas (IEF) e a Secretaria de Desenvolvimento Econômico (SEDE).
A área de atuação local abrange duas sub-bacias pertencentes à Bacia Hidrográfica do Rio Paraíba do Sul, a dos Rios Pomba e Muriaé e a dos Rios Preto e Paraibuna. Espera-se a recuperação ambiental de 1.005 hectares por meio de incentivos como doação de material para cercamento, insumos para plantio, mudas e contratação de empresas para execução das ações de cercamento e plantio.