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    Os fósseis de Ituiutaba e a Paleontologia no município: descobertas que contam uma história de 85 milhões de anos

    Você sabia que Ituiutaba guarda vestígios de uma biodiversidade que viveu aqui há aproximadamente 85 milhões de anos? Dentes de dinossauros carnívoros, ossos de herbívoros pescoçudos, fósseis de sapos e até pegadas inéditas no Brasil têm sido encontrados e estudados pelo professor Pedro Buck, do curso de Ciências Biológicas da UEMG Ituiutaba, e sua equipe de pesquisadores.

    Esses achados não apenas revelam a fauna pré-histórica que habitou o Triângulo Mineiro, como também colocam o município no mapa da paleontologia nacional. A Serra do Corpo Seco e uma área rural de Ituiutaba, onde foi encontrada uma laje repleta de pegadas, são alguns dos principais pontos de estudo. As pegadas, por exemplo, estão sendo analisadas para identificar quais animais as deixaram — um estudo inédito que pode revelar espécies ainda não reconhecidas em território brasileiro.

    Além do valor científico, os trabalhos despertam a curiosidade da população e mostram a importância de preservar o patrimônio fossilífero, que é protegido por lei e não pode ser comercializado. “Essas pesquisas não só ampliam o conhecimento sobre a biodiversidade do passado, como também aproximam a ciência das pessoas, mostrando a relevância da UEMG para a comunidade”, destaca Pedro Buck, que atua em Ituiutaba desde 2020 e também realiza coletas em municípios vizinhos como Campina Verde e Gurinhatã.

    A paleontologia, aliada à tecnologia — como exames de raio-x, análises químicas e métodos estatísticos avançados —, continua a desvendar capítulos fascinantes sobre o passado remoto da região. Com novos projetos em andamento, como o estudo detalhado das pegadas inéditas, Ituiutaba segue firme como um polo de conhecimento e pesquisa científica.

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