Estudantes dos cursos de Engenharia de Minas, Engenharia Ambiental e Engenharia Civil da UEMG – Unidade João Monlevade participaram, no dia 4 de julho, de uma visita técnica à Mina de Brucutu, da Vale, localizada em São Gonçalo do Rio Abaixo (MG). Idealizada pela professora Jacqueline Cardoso Ferreira, no âmbito da disciplina Geotecnia Ambiental, a atividade reuniu 16 participantes, entre alunos e docentes, e proporcionou uma experiência prática e interdisciplinar sobre os processos operacionais e geotécnicos da mineração.
A programação começou com uma recepção conduzida por Paulo Costa, responsável pelas relações com a comunidade. Na sequência, a coordenadora da mina autônoma, Elis Vasconcelos, apresentou dados e aspectos operacionais do sistema automatizado. A geóloga geotécnica Alana Leite compartilhou informações sobre a formação da cava, enquanto Gerson, coordenador de barragens, explicou os equipamentos de monitoramento da percolação da água e os procedimentos de vistoria.
As estudantes Paloma Mendes e Amanda Gomes, estagiárias da Vale e alunas da UEMG, também contribuíram com explicações técnicas sobre os processos acompanhados pela equipe. A visita contou ainda com a presença de Fran, responsável pelo Plano de Ação de Emergência para Barragens de Mineração (PAEBM), que apresentou os protocolos de segurança e mitigação de riscos.
Para a professora Jacqueline, a visita técnica teve papel fundamental na conexão entre teoria e prática, permitindo aos estudantes visualizarem, de forma concreta, os conteúdos abordados em sala. Ela destacou ainda a importância da atividade para além do escopo da Geotecnia Ambiental, promovendo uma compreensão mais ampla sobre a mineração e seus impactos:
Ao terem a oportunidade de conhecer e observar as práticas de monitoramento e vistoria, desde a extração por veículos autônomos até o controle da barragem de terra, os alunos conseguem compreender a aplicação dos conceitos teóricos discutidos em sala, visualizando as soluções técnicas e os desafios ambientais associados. Além disso, essa oportunidade desperta a relação deles enquanto engenheiros com uma atividade de alto grau de alteração na paisagem.
A docente também comentou sobre a relevância da visita para os alunos dos outros cursos, destacando a interdisciplinaridade como ferramenta de aprendizagem para os discentes:
A interdisciplinaridade foi um ponto-chave: os alunos puderam trocar perspectivas, discutir instrumentos de gestão, refletir sobre conflitos socioambientais e entender a responsabilidade técnica envolvida em cada etapa. Esse tipo de atividade desenvolve a visão sistêmica, a capacidade de trabalho em equipe e a consciência ética — atributos indispensáveis para a atuação em projetos complexos no setor mineral e ambiental.
A atividade foi acompanhada pelos professores Marly da Silva, Ana Carolina e Robson Pereira, do Departamento de Engenharia Aplicada e Tecnologias Ambientais, reafirmando o compromisso da UEMG com uma formação acadêmica integrada à realidade profissional e aos desafios contemporâneos da engenharia.
A UEMG – Unidade João Monlevade agradece à equipe da Vale pela receptividade e pelas valiosas contribuições técnicas e educativas durante a visita. A parceria e o compromisso com a formação dos nossos estudantes foram fundamentais para o sucesso da atividade.