Nesta quarta-feira, 11 de junho, a comunidade acadêmica da UEMG – Unidade João Monlevade marcou presença na Câmara Municipal em uma sessão ordinária de mobilização contra o Projeto de Lei 3.738/2025, que trata da federalização da universidade no contexto do Programa de Pleno Pagamento da Dívida (Propag). O evento reuniu professores, técnicos-administrativos e estudantes, que expressaram preocupação com o futuro da instituição diante das tratativas entre o Estado de Minas Gerais e a União para o abatimento da dívida pública.

Durante a sessão ordinária, a diretora da Unidade, Júnia Soares Alexandrino, ressaltou que o ato não possui viés político-partidário e reforçou a importância da UEMG para o desenvolvimento educacional e econômico de João Monlevade. Ela destacou que os gastos com a universidade representam apenas 0,31% da dívida total do Estado, e que a possível extinção ou federalização mal planejada causaria impactos negativos à cidade e às indústrias locais.

O professor Robson Pereira de Lima, representante do corpo docente, alertou para os riscos da proposta, que autoriza a alienação de bens do Estado, incluindo os das autarquias como a UEMG. Ele também exaltou o papel da universidade como polo de inovação e tecnologia, alinhado com os temas debatidos na própria Câmara.

Ao final, o presidente da Casa Legislativa, Fernando Linhares, manifestou respeito ao governador eleito, mas se comprometeu com o apoio à permanência da UEMG em João Monlevade, sobretudo no que diz respeito à manutenção da sede do bairro Santa Bárbara, listada como “subutilizada” em documento recente do Governo Estadual. A mobilização segue como símbolo da resistência em prol da educação pública, gratuita e de qualidade em Minas Gerais.